Criciúma
Simulado realístico na Unesc coloca estudantes de Enfermagem frente a frente com situações extremas da profissão
Você está preparado para salvar uma vida? Na Unesc 44 estudantes da 6ª fase de Enfermagem foram levados ao extremo dentro da disciplina de APH (Atendimento de Pré-Hospitalar). Eles foram colocados em situações de reação rápida, atenção aos detalhes, técnica profissional e respeito ao paciente no 7º Simulado Realístico de Atendimentos Emergenciais. A atividade foi desenvolvida em todo o campus desde a última quinta-feira (15/8) e teve sua conclusão nesta terça-feira (20/8).
A proposta da disciplina, ministrada desde o segundo semestre de 2016, foi inserir o estudante dentro do contexto de atuação profissional. A cena, com a maior realidade possível, é construída sem que os participantes tenham contato com o que vão encontrar. Ao chegar no local a equipe é cronometrada e avaliada pelas professoras, que se atentam a detalhes como o atendimento, postura física e psicológica do estudante. “É uma situação que será recorrente no dia a dia da profissão, o que torna de grande importância estar presente na graduação. Tudo aqui é o mais real possível e nos faz lidar com a adrenalina e sentimentos que moldarão aquele profissional que estará pronto para salvar vidas”, afirma a líder de turma, Gabriela Rafael Nazário.
Dentro desta proposta os estudantes são divididos em grupos logo no primeiro encontro do semestre e são preparados para enfrentar situações como trauma raquimedular, quando a medula espinhal sofre um dano por trauma; choque elétrico; traumatismo crânio-encefálico, uma lesão na cabeça; acidente vascular encefálico, quando há danos cerebrais devido à interrupção sanguínea; crise convulsiva, e agressão física. Após o pré-atendimento o paciente é levado a um espaço hospitalar e outra equipe é acionada para dar continuidade ao processo.
A professora da disciplina, Mariana Freitas Comim, relatou a importância da atividade para a preparação do futuro profissional e apontou um avanço no desempenho dos participantes durante os quatro dias de atividades. “O objetivo é realizar o pré-atendimento, desde o acionamento da equipe até o os encaminhamentos no hospital, em 15 minutos. No primeiro dia a média de atuação foi de mais de 20 minutos. Agora, nos dias finais, eles atingiram boas marcas como atendimentos na casa dos 11 minutos. É uma disciplina empolgante, mas que ao mesmo tempo impacta os participantes com realidades que fomentam o conhecimento”, destacou. A disciplina também é ministrada pela docente Zoraide Rocha.
Contribuição de quem já passou pelo Simulado
As realidades das ocorrências são potencializadas pela participação de estudantes de outras fases, que atuam como vítimas ou familiares. O estudante da 8ª fase Elisandro Raupp Prestes participou da atividade há mais de um ano e nesta segunda-feira esteve do outro lado. Seu personagem caiu do segundo andar do Bloco XXI B da Universidade, após uma crise de labirintite, e recebeu o atendimento e no local em 12 minutos. “No lugar da vítima tudo muda. Se vê a situação com outros olhos, somos mais criteriosos, conseguimos contribuir com o momento e até aprender com quem está ali atuando”, afirma Raupp.
A acadêmica Bruna Mendes avaliou como importante a contribuição dos colegas que já vivenciaram a situação e destacou a oportunidade de aprender com erros e acertos. “Nos sentimos em uma situação real. Quando acertamos quer dizer que salvamos uma vida, então comemoramos. Quando erramos temos a possibilidade de rever o que fizemos e levar aquele aprendizado para a vida, nos dando mais segurança para atuar no futuro”, destacou.
Leonardo Ferreira – Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing