Saúde
Covid-19: “De 100 pacientes ao menos 30 terão sequelas limitantes” afirma médico da Secretaria de Saúde
Criciúma tem em atividade um programa de reabilitação para pacientes que testaram positivo para a Covid-19. Conforme o médico responsável pelo projeto Dr. Luiz Carlos Custódio Fontana, a cada 100 pacientes, ao menos 30 deles terão sequelas limitantes.
“São sequelas que vão incomodar e ficar por muito tempo. São sequelas cardíacas, neurológicas, psiquiátricas e psicológicas. Em Criciúma, dos pacientes que já atendemos, as principais são dificuldades respiratória, cansaço, formigamento e dormência nas pernas”, contou o médico da Secretaria de Saúde, durante a Tribuna Livre do Legislativo, na terça-feira (13). O neurologista Eraldo Belarmino também participou da explanação.
“Nós temos uma lista de todas as pessoas que tiveram a Covid-19, em Criciúma. Iniciamos, dando prioridade aos que ficaram internados, e depois, seguimos com auxílio dos postos de saúde, fazendo contato com todos os pacientes”, explicou Fontana.
As pessoas, segundo o médico, são avaliadas através de um protocolo e, caso estejam habilitadas são encaminhadas ao Centro de Reabilitação, no bairro Rio Maina, onde são avaliadas por nutricionista, psicóloga, médico e fisioterapeuta.
O profissional da Secretaria de Saúde conta que, na avaliação, os pacientes realizam exames de sangue, cardíaco, esteira, espirometria e, após os resultados, iniciam os procedimentos de recuperação. “Lá, as pessoas fazem fisioterapia respiratória, exercícios, tem um acompanhamento psicológico para que possam tratar essas sequelas”, explicou.
O médico neurologista ressaltou a importância da reabilitação neurológica expondo dados do Ministério da Saúde. “Em um cenário de 100 mil pacientes, por exemplo, com 5% tendo complicações devido a Covid-19 e 30% tendo sequelas neurológicas serão 1.500 pessoas que terão de ser reabilitadas”, completou Belarmino.
A intenção é que o projeto seja estendido mesmo após o fim da pandemia para atender pacientes que necessitem de reabilitação no município. Os pacientes que sentirem necessidade de ser acompanhados pelo Centro de Reabilitação devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação.
Daniela Savi – JP 01970/SC