Criciúma

Em menos de um ano, mais de 1.800 castrações já foram realizadas em Criciúma

Entre elas, 750 foram feitas em mutirões que fazem parte do projeto ‘Castração é a Solução’

Para controlar a população de cães e gatos que aumenta, todos os anos, devido ao abandono e a reprodução descontrolada dos animais de rua ou daqueles que estão em posse de pessoas de vulnerabilidade social e não tem condições de proceder a castração, o Núcleo de Bem-Estar Animal (NBEA), por meio da Secretaria de Saúde de Criciúma, vem fazendo a diferença para o município. Desde a retomada do serviço de castração, em menos de um ano, já foram realizadas mais de 1.800 castrações, entre elas, 750 foram feitas em mutirões que fazem parte do projeto ‘Castração é a Solução’.

“A retomada desse serviço foi e está sendo de grande importância para Criciúma. Além da campanha e incentivo ao ato de castrar os animais, também temos a importância de evitar possíveis doenças”, pontua o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.

De acordo com o secretário, a melhoria das ações em saúde animal é uma das prioridades para o município. “Adequamos os serviços e retomamos as castrações de cães e gatos, que é uma das medidas mais efetivas para o controle populacional desses animais”, completa.

Para o coordenador do Núcleo de Bem-Estar Animal (NBEA), Christophe de Lima, muitos animais são vítimas de abandono, maus tratos e não possuem uma vida digna. “Esse serviço tem como objetivo controlar o número de animais errantes, e evitar que eles se procriam e continuem sofrendo com as condições de abandono”, ressalta.

Ele ainda fala que até o momento foram feitos mais de 20 mutirões, e até o fim deste ano serão realizados mais oito. “Com uma data e horário marcado, recolhemos os cães e gatos e os devolvemos castrados, com toda a medicação pós cirúrgica. Caso o animal não tenha dono, ele fica registrado como comunitário, mas com um responsável pelos cuidados pós-cirurgia”, afirma.

Projeto Castração é a Solução

Natalia Prado Torres, médica veterinária do NBEA, ressalta que, inicialmente, o maior benefício é o controle de natalidade, mas as consequências positivas não param nessa questão. “Diminuindo nascimentos não planejados teremos menos cães e gatos errantes (animais abandonados), e menos animais abandonados significa menor número de zoonoses. Fêmeas castradas não fazem uso de contraceptivos, que causam muitos efeitos colaterais como câncer de mama e útero, e geralmente não desenvolvem infecção uterina”, explica.

Everson dos Santos Biella, do bairro Linha Batista, tem duas gatas e está aguardando a ação de castração em seu bairro, já que a cirurgia particular está fora de seus orçamentos. Ele reconhece que a iniciativa de oferecer a esterilização gratuita é muito importante, mas reforça a relevância de oferecer informação à população.

“Eu acho que a informação é tudo. Eu tenho um amigo que tem dinheiro para castrar, mas não tem conhecimento da importância da castração. Ele não entende quais são os benefícios. Por isso a importância do projeto, em conscientizar, não só a população carente, mas também quem tem dinheiro e não castra por preguiça ou qualquer outro motivo, para ser uma coisa constante e dar o resultado esperado”.

Texto e foto: Daiana Farias

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