Educação

Escolas de Criciúma recebem Relatórios de Acessibilidade elaborados por acadêmicos da Unesc

Trabalho foi desenvolvido por bolsistas do projeto Vivercom edição Proesde

Após um trabalho intenso desenvolvido por acadêmicos da Unesc, duas escolas de Criciúma receberam Relatórios de Acessibilidade personalizados na manhã desta terça-feira (11/10). A ação foi realizada por alunos bolsistas do projeto Vivercom edição Proesde, beneficiados pelas Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu).

Durante o período em que estiveram nas escolas  José Continho Portela, do bairro São Sebastião, e Silva Alvarenga, do bairro Metropol, os universitários, supervisionados por professoras, verificaram todos os ambientes, da rua aos banheiros, passando pelas salas de aula, biblioteca, pátio, hall, entre outros, tudo para fazer um diagnóstico preciso do local. 

“Podemos ter vontade e ideias, mas sem parceria não alcançamos o objetivo, por isso estamos muito felizes com este belíssimo projeto, agora acoplado ao Proesde, um programa do Governo do Estado que estimula o desenvolvimento social e econômico da nossa região. É uma iniciativa encantadora que conversa com as necessidades das secretarias Estadual e Municipal de Educação, pois é um olhar ampliado das estruturas físicas. Pensamos em seguir com esta análise, lançando uma semente para, no futuro, as secretarias pensarem a parte estrutural das escolas e todas as suas necessidades”, destaca a diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Unesc, Fernanda Sônego.

Satisfação, gratidão e proximidade

A auxiliar de direção da Escola Municipal José Continho Portela, Cheiene Damásio Uggioni, se encantou com o relatório recebido e enfatizou a importância do envolvimento da Unesc. “Quando os alunos chegaram à escola, eu senti uma ponta de satisfação em ver um grupo tão coeso, muito bem assessorado, com mentores por trás. Eles eram de tantas áreas diferentes, mas estavam tão unidos e focados no trabalho, devidamente caracterizados, com coletes, pranchetas. Agradecemos a Unesc por este carinho com a nossa escola, que é de todos. São duas unidades educacionais que estão longe geograficamente, mas mesmo assim tão próximas”, relata.

Da mesma escola, a orientadora, Maria Cristina Izé Mariana, diz que a unidade educacional tem gratidão pela Unesc. “A Universidade sempre é parceira, contribuindo muito com o nosso crescimento. A escola tem que ser receptiva à Unesc. Não adianta a Universidade ser comunitária se a comunidade não for receptiva a ela”, fala.

Impacto na sociedade

Uma das orientadoras deste processo é a professora do curso de Arquitetura, Aline Savi, que destacou o trabalho como desafiador. “Resolvemos, dentro da nossa área, trabalhar um tema que pudesse ser de domínio e aplicação prática, por isso pensamos na acessibilidade. É um trabalho que vem sendo desenvolvido em outras cidades também. Em Morro da Fumaça, por exemplo, todas as escolas receberam o relatório e em Içara estamos concluindo”, diz. 

No relatório entregue nesta terça-feira consta, entre outras coisas, uma apresentação da escola, o objetivo do trabalho e o diagnóstico. “Acreditamos que é um trabalho muito importante em qualquer instituição pública, precisamos vencer estas barreiras físicas. Não pensamos somente no aluno com deficiência, mas em toda a comunidade escolar. Usamos uma metodologia simples que pode ser aplicada por leigos para verificar o espaço. São 17 planilhas que vão da rua até o interior da escola, avaliando todos os espaços”, explica Aline. 

O diretor da Escola de Educação Básica Silva Alvarenga, João Batista Figueiredo Filho, revelou que “a Unesc já é de casa”. “A Universidade também realiza outros projetos e cresceu muito. Nos admira esta gestão que tem tanto cuidado com os alunos, professores, estes projetos com a comunidade”, cita.

Vivercom

O projeto Vivercom edição Proesde Criciúma 2022 pretende contribuir com o desenvolvimento regional, buscando a garantia da interdisciplinaridade, da interação entre a Universidade e a sociedade, da qualidade e do impacto das ações de extensão, reforçando a missão da Universidade diante da realidade social.  “Estes acadêmicos ganham a bolsa de estudo do Uniedu, mas tem que ter uma intervenção na comunidade com professores tutores que os orientam, no fim do ano, iremos apresentar ao prefeito e a secretaria de educação tudo que foi feito. É um resultado que pode não ficar só no papel, mas ser uma sugestão de melhorias pensando no cidadão”, ressalta a assessora da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Sheila Saleh. 

A ação tem por finalidade desenvolver atividades de extensão universitária, estimulando o desenvolvimento regional, nos seus diferentes aspectos, com inclusão social, por meio de ações que contribuam para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Por meio de intervenções de extensão, os acadêmicos bolsistas do Proesde ampliam suas competências já desenvolvidas em atividades de ensino e pesquisa, aproximando-se da realidade social e cultural de nosso estado e, consequentemente, do país. 

As atividades de intervenção do projeto estão conectadas às três dimensões dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) quais sejam: social, ambiental e econômica e atingirão três espécies de público: infantil, juvenil e adulto.

Texto e fotos: Marciano Bortolin/Agecom/Unesc

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