Saúde

No Dia Internacional da Enfermagem, os desafios da saúde pública são debatidos por autoridades na Unesc

Reduzir as filas de espera para cirurgias eletivas, consultas e exames além do tempo de espera e a distância geográfica para o atendimento de pacientes; assegurar o atendimento prioritário aos pacientes com câncer; e a ampliação da cobertura do programa Estratégia Saúde da Família, foram alguns dos assuntos abordados pela secretária de estado da Saúde, Carmen Zanotto, durante aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) da Unesc e os programas de residência da Universidade. 

O encontro ocorreu no Auditório Ruy Hulse na manhã desta sexta-feira (12/05), data que marca o Dia Internacional da Enfermagem. Representantes da área, como professores, acadêmicos, secretários de saúde da região e vereadores, acompanharam atentamente os números e dados apresentados pela secretária, que discutiu os desafios e possibilidades da gestão em saúde em Santa Catarina.

Para abrir oficialmente o evento, a reitora da Universidade, Luciane Bisognin Ceretta, fez questão de salientar a luta da profissão e agradeceu a presença de cada um, por estarem em um evento com uma temática tão nobre e importante para a comunidade acadêmica e para a sociedade.

Luciane, que é também presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) e enfermeira, enfatizou a relevância das Universidades comunitárias na promoção do desenvolvimento humano e econômico em Santa Catarina. 

Segundo ela, é notável que o estado alcançou o terceiro melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) do país e possui o sexto melhor produto interno bruto (PIB), o que evidencia a contribuição das instituições de ensino superior para o progresso da região.

“Essa conquista se deve a uma educação de excelência, que vai além da graduação e inclui a extensão universitária, a pesquisa e a ciência, com soluções concretas para os problemas enfrentados pela população”, comentou.

A reitora ressaltou que a Aula Inaugural proporcionou uma oportunidade única de aprendizado e reflexão sobre a situação atual da saúde em Santa Catarina e de que forma a comunidade acadêmica pode contribuir para aprimorar o sistema de saúde do estado.

Filas de espera

A secretária de saúde apresentou dados sobre as filas de espera por cirurgias e consultas no estado, ressaltando a importância de enfrentar esses desafios com diálogo e união. Carmen destacou ainda a necessidade de zerar a fila de espera para cirurgias eletivas e reduzir o prazo máximo para esse tipo de procedimento. 

Além disso, Carmen mencionou a importância de fortalecer a atenção primária em saúde como forma de evitar a entrada na média e alta complexidade.

A secretária afirmou que, apesar dos desafios, o Sistema Único de Saúde (SUS) é forte e capaz de enfrentar as dificuldades, tendo demonstrado sua resiliência durante a pandemia de Covid-19. 

“É preciso buscar soluções que ampliem a capacidade dos serviços de saúde, como a habilitação estadual de hospitais para realizar cirurgias ortopédicas de alta complexidade. Temos dois hospitais aqui no Sul, em Sombrio e Araranguá, que estão se habilitando estadualmente”, disse.

Conforme a secretária Carmen, no estado, há 105 mil pacientes em filas de espera para cirurgias eletivas, além de 4,7 mil pacientes em fila de espera para cirurgia oftalmológica ambulatorial e 117 mil aguardando consultas com as especialidades cirúrgicas. Por outro lado, chega a 33,13% o índice de taxa de não comparecimento em consultas cirúrgicas.

Parceria

A pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Inovação, Gisele Coelho Lopes, em seu discurso destacou o papel da enfermagem. “Uma profissão nobre e que merece nosso respeito e admiração, especialmente quando se trata de gerir instituições como o Estado e a Unesc. Acreditamos que nossa Universidade e a ciência desempenham um papel fundamental nessa luta. Durante a pandemia, os programas de pós-graduação da Unesc e outros cursos da área da saúde, juntamente com as residências, foram fundamentais para ajudar a combater a crise”, lembrou. 

“Foi nesse momento que a Unesc mostrou o quão importante é para o desenvolvimento da região. Vocês estão estudando em uma Universidade que nasceu da comunidade e é por isso que a Unesc existe. Todos os dias, fazemos o nosso melhor para garantir que vocês recebam a melhor educação possível”, comentou Gisele ao se dirigir aos acadêmicos.

Panorama

Para a coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional e do Mestrado em Saúde Coletiva da Instituição, Lisiane Tuon, este momento é muito importante, pois permite compreender o panorama da saúde no estado e, ao mesmo tempo, estreitar os laços entre o Mestrado Profissional em Saúde Coletiva e os gestores locais. 

“Além da comunidade acadêmica, temos a presença de gerentes de saúde, vereadores, secretários de saúde da região e estudantes de graduação. É uma oportunidade valiosa para o desenvolvimento da saúde em nossa região”, sublinha informando que para a graduação, a inserção no cenário prático e a compreensão da realidade são fundamentais.

“A Universidade é uma parceira importante, e nada melhor do que unir teoria e prática. A teoria é apresentada aos alunos em sala de aula, e a prática é aplicada em diversas ações, como em unidades de saúde. É fundamental ser um bom profissional, mas ser humano é ainda mais importante na área da saúde pública”, destacou o secretário de saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, também presente no evento.

Ao final do encontro, a secretária teve a oportunidade de visitar as Clínicas Integradas da Unesc e conhecer os serviços oferecidos, que realizam cerca de 150 mil atendimentos por

Por Daniela Savi

 

 

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